Era
de mill e q
uatroçentos
e huu
n
a
nnos,
dose dias de setenbro. Conuçuda cousa seia a todos q
ue
en p
resença
de mi
n
Viçent
e
Suar
ez
not
ario
pu
blico
d’Our
ens
e
pola igl
eia
desse lugar et das t
estemuyas
adeant
e
esc
ritas,
em este dia estando e
nna
d
ita
villa na rua das Tendas ant
e
a porta da tenda en
q
ue
mora Ferna
n
Pardo m
ercador
et p
resent
es
y o d
ito
Ferna
n
Pardo et Loure
nço
Yan
es
de S
anta
Crus m
ercador
es
morador
es
en Our
ens
e,
et logo p
or
mi
n
not
ario
Lopo R
odrigues
escudeyro morador en Sabadelle disso aos d
itos
Loure
nço
An
es
e Ferna
n
Pardo q
ue
elles bem sabyam en
co
mmo
a el ent
regara
Joh
an
Lop
es
m
ercador
morador en Our
ens
e
nas Tendas hu
na
leyra de viña q
ue
disso q
ue
estava en t
ermi
no
de Sesna
nde,
aa q
ual
chama
n
Barbeytynos, q
ue
tiiña en pynor do
d
ito
Joh
an
Lop
es
por tr
es
mill mor. de d
iñ
eiros
brancos, et q
ue
estava en jur e en
possissom della. Et q
ue
agora ao d
ito
Lopo R
odrigues
era d
ito
e çertyfficado p
or
alguu
ns
hom
es
de fe e de creer q
ue
os d
itos
Loure
nço
An
es
e Ferna
n
Pardo q
ue
q
ueria
n
entrar e reçeb
er
a d
ita
leyra de viña, no
n
sabendo ne
n
seendo bem çerto o
d
ito
Lopo R
odrigues
por q
ual
q
uer
raso
n,
et q
ue
o q
ueriam
desapoderar della no
n
seendo el ant
e
chamado e dema
ndado
e req
uerido
sobr
e
\elo/ chamado a
juyso |a juyso| p
or
hu devesse e co
mmo
devesse, do q
ual
entram
ento
e reçebem
ento,
se o da d
ita
leyra de viña os d
itos
L
ourenço
An
es
e Ferna
n
Pardo fesesem et da
novydade q
ue
ora en ella siia, o
d
ito
Lopo R
odrigues
disso q
ue
no
n
c
onsintya
en ello, ant
e
o c
ontra
disia agora e avya por c
ontra
dito, et q
ue
o poyna el por
ag
ravame
nto
et q
ue
fose p
or
força e c
ontra
sua voontade. Et q
ue
a salvo lle ficasse
sobr
e
ello todo seu
d
ereito
agora e daq
ui
endeant
e
p
ara
a av
er
et cobrar et
dema
ndar
co
n
todas suas novydades
aos d
itos
L
ourenço
An
es
e Ferna
n
Pardo et a out
ros
q
uaes
q
uer
q
ue
llela asy tomassen e
ent
rassen
e reçebessen, co
n
todas las custas,
p
erdas
e meos cabos q
ue
el por esta raso
n
fesesse e reçebesse
daq
ui
endeant
e.
Et desto todo en co
mmo
o disia q
ue
pedia a mi
n
not
ario
q
ue
lle desse ende huu
n
pu
blico
estorme
nto
ou mays q
uantos
lle c
onp
risen
p
ara
guarda e deffendeme
nto
de seu d
ereito.
Et os d
itos
L
ourenço
An
es
e Ferna
n
Pardo respondendo a
esta fronta dissero
n
q
ue
ell
es
ent
raron
et teem a d
ita
leyra de viña et q
ue
a esffroytaro
n
e esffroyta
n
por q
ue
disia
n
q
ue
era sua por q
ue
ll
es
fora venduda por hu
na
gran c
ontia
de mor. p
or
Garçia Ruys juys
q
ue
era aa saso
n
por nosso señor el
rey en Our
ens
e,
segu[n]do se c
ontyna
en hu
na
se
nte
nça
q
ue
sobr
e
ello mostrava
n,
a q
ual
ell
es
levaro
n
e guardaro
n.
Et q
ue
por ende tiiña
n
a d
ita
leyra de viña e o no
n
leixaria
n
ao d
ito
Lopo R
odrigues,
mays se o d
ito
Lopo R
odrigues
alguu
n
d
ereito
en ella avya q
ue
lle faria
n
sobr
e
ella c
onp
rime
nto
de d
ereito.
Esto foy en Our
ens
e,
na era e dias sobre d
itos.
Testemuyas q
ue
a esto p
resent
es
foro
n
Mart
in
Ferna
nd
es
e Joh
an
Ferna
nd
es
yrmaos tendeyros e Joh
an
de Seixadas alffayat
e
morador
es
en Our
ens
e
e out
ros.
Et
eu Viçent
e
Suar
ez
not
ario
sobr
e
d
ito
q
ue
a esto p
resent
e
foy e en mi
ña
p
resença
aq
ui
o fige esc
rivyr
e meu sinal aq
ui
fige q
ue
tal he.
(
sinal)
[reverso]
Carta da leyra de Barbeytiños que’stá
en Sesenande
que foy
de Lopo Rodrigues.